

Mais que uma viação, um pedaço da história brasileira!
A história da Viação Itapemirim é a de um Brasil que sonhava alto, cruzando estradas de norte a sul com coragem, inovação e um amarelo inconfundível. Fundada em 1953 por Camilo Cola, um homem visionário, a empresa nasceu em Cachoeiro de Itapemirim (ES) com o desejo de conectar o interior ao litoral, as famílias às suas origens, e os sonhos aos destinos.

não foi só uma empresa de ônibus.
Foi companhia de viagem em domingos de retorno, em férias de infância, em reencontros de amor e despedidas dolorosas.
Foi estrada, foi casa temporária, foi Brasil sobre rodas.
Mesmo com os tombos e o fim das operações, a marca Itapemirim resiste como um símbolo nostálgico de um tempo em que viajar de ônibus era um evento, e aquele amarelo na estrada fazia o coração acelerar.
A ITAPEMIRIM

Origens de um sonho (1953)
Tudo começou com Camilo Cola, um ex-combatente da Força Expedicionária Brasileira (FEB), que voltou da guerra com uma missão: conectar o Brasil. Fundou a empresa em Cachoeiro de Itapemirim (ES), com uma ideia simples e grandiosa — levar pessoas aonde o país ainda não chegava direito.
Décadas de Ouro (1960–1990)
Com visão inovadora, a Itapemirim cresceu rapidamente. Foi pioneira em transporte interestadual de luxo, famosa pelos ônibus com ar-condicionado, poltronas reclináveis e o inesquecível serviço de bordo. Nos anos 70 e 80, a empresa lançou os lendários ônibus “Jumbo”: modelos de dois andares que marcaram época e viraram ícones. Naquela época, viajar de Itapemirim era um evento. As famílias se despediam com lenços brancos, e os ônibus amarelos cruzavam o país como verdadeiras naves da estrada.
Inovação e Alcance Nacional
A empresa chegou a ter mais de 3.000 veículos em operação, cobrindo praticamente todo o território nacional. Com sede no Espírito Santo, ela contava com garagens e agências em centenas de cidades, de Norte a Sul do Brasil. A Itapemirim também inovou em logística e transporte de cargas, criando o Grupo Itapemirim — um dos maiores conglomerados de transporte do país.
Dificuldades e Declínio (anos 2000–2020)
Apesar do legado, os anos trouxeram desafios: crise econômica, má administração, concorrência acirrada e mudanças no mercado.
Em 2017, a empresa entrou em recuperação judicial, tentando sobreviver. Em 2021, tentou reerguer o nome com a criação da Itapemirim Transportes Aéreos (ITA) — uma tentativa ousada, mas que terminou em fracasso e acusações de fraude.
Fim das Operações e o Nascimento da Saudade...
Em 2022, a tradicional viação rodoviária encerrou oficialmente suas atividades. Foi o fim de uma era — mas o começo de uma lenda.
Mesmo com as portas fechadas, a Itapemirim segue viva no imaginário dos brasileiros. Seja em colecionadores de miniaturas, fotos antigas, mods de jogos como o ETS2, ou simplesmente na memória de quem um dia embarcou num de seus ônibus amarelos rumo a algum reencontro ou nova vida.

Legado Imortal
A Itapemirim não foi apenas uma empresa. Foi uma companheira de estrada, uma contadora de histórias, uma ponte entre distâncias.
E mesmo que hoje o som do motor tenha silenciado, o nome ITAPEMIRIM ainda ecoa em cada curva das BRs, em cada lembrança de infância, em cada apaixonado por transporte rodoviário.

"Itapemirim –
A Estrada Que Virou Lembrança"
No começo era só poeira,
Um ônibus valente e um sonho na bandeira Capixaba.
Em 1953, nas curvas de Cachoeiro,
Nascia a coragem de Camilo, o pioneiro.
Rodas girando e desbravando novas estradas,
Carregando mais que gente: levava emoção.
Do Espírito Santo ao Brasil inteiro,
A Itapemirim virou nome certeiro.
Veio o tempo dos Jumbos imponentes,
Do três eixos, confortáveis, imponentes.
Era mais que transporte — era evento,
Era abraço, era reencontro, era sentimento.
O amarelo virou farol na imensidão,
Brilhando em cada quilômetro, em cada estação.
Quem viajou com ela, lembra até hoje:
O cheiro da estrada, o banco que acolheu as longínquas viagens.
Mas o tempo, esse mestre severo,
Trouxe pedras, dívidas e um futuro incerto.
Tentou voar, tentou renascer,
Mas nem todo sonho consegue se manter.
Em 2022, o último embarque partiu,
Silenciou um gigante que moveu o Brasil.
Mas nas memórias, ela nunca sumiu —
Ainda vive no asfalto, no coração, um perfil que nunca esqueceremos.
Itapemirim não acabou... virou saudade.
Uma saudade com motor, buzina e liberdade.
Da terra do Tribus, para o todo o Brasil.
Eternizada.
A Itapemirim ainda vive — dentro do coração.
